segunda-feira, 7 de abril de 2008

A importância de apresentar a UJS para milhares de jovens

A importância de apresentar a UJS para milhares de jovens

Um período muito importante na consolidação da minha militância e da passagem à direção estadual da UJS na primeira metade dos anos 90. Foi o período das reuniões na Rua 24 de Maio, no Centro de Fortaleza, sede do Sindicato dos Bancários. Era um lugar público e amplo, de fácil localização, neutro, muito bom para fazer as reuniões. Na frente, a gente se encontrava e ficava trocando idéia, esperando chegar todo mundo para começar.

Por anos aquele endereço foi o nosso ponto de encontro aos sábados, às três da tarde. Você queria encontrar a UJS, procurasse lá, estávamos reunidos. Esta estabilidade em reunir coincidiu com a chegada da turma do pós Fora Collor. Era o surgimento de uma nova geração de dirigentes.

Nesta época, primeira metade dos anos 90, em Fortaleza, a UJS era ainda exclusivamente secundarista. E era muito interessante quando chegava aquela moçada de diferentes escolas e bairros a que tínhamos chegado. Recordo o sorriso e o orgulho no rosto do Francisco, liderança imbatível do Valter Sá Cavalcante, uma escola bem distante, na Cidade dos Funcionários cujo nome homenageia uma liderança estudantil de peso, diretor da UNE. Este orgulho tinha a ver com a certeza de que éramos capazes de mobilizar centenas de outros jovens: parar o Centro de Fortaleza - já o fizéramos. Esta identidade mobilizadora, de luta, é uma característica muito importante na UJS.

A sociabilidade da juventude que ingressa na UJS

Naqueles momentos construíamos laços de amizade e convivência. Eram muitas as minhas horas de militante secundarista. Ia pra escola de manhã e só voltava à noite. Este ainda é o pique daquela moçada da UJS que vai as escolas. A luta concreta é uma grande escola. Em Fortaleza a UJS se organizava em zonais, formal ou informalmente. As lideranças viviam os bairros de suas escolas, inclusive no Centro. Meu irmão, Roberto, por exemplo, organizou a UJS na Barra do Ceará, estudante do Hilza Diogo. De sua ação surgiram várias novas lideranças, muitas delas vindas de famílias pobres. E daí surgiram alguns diretores da UBES, de um ambiente onde o movimento pulsava.

É muito comum, num determinado Bairro, como na Barra do Ceará, haver várias escolas próximas, um potencial incrível de mobilização estudantil. Em torno da escola com mais filiados se encontravam estudantes de todo o Bairro. A ampla maioria dos jovens com quem nos relacionávamos, aquelas centenas que iam às mobilizações, a maioria não era da UJS e havia diferentes níveis de apoio. Esta soma era a medida da nossa liderança nas escolas. Cada escola tinha a sua dinâmica, a sua política interna, os seus personagens. Era um movimento amplo, pois se dirigia aos estudantes e à comunidade que é a escola. É o que ocorre também em cursos e em várias faculdades, que têm esta força de gravidade, que encarnam um universo político e humano muito rico.

Tudo isto desaguava na reunião de sábado. Era lá que sabíamos o que estava rolando na UJS e no Brasil. É desse período que me recordo das ladainhas, o início das reuniões, dirigida às pessoas que não eram da UJS, trazidas por outro militante. A ladainha era o nosso ponto de conjuntura de então, a recepção às pessoas novas, as boas vindas, ela situava todos os presentes no sentido da UJS.

E tiramos lições das nossas ações quando as coordenamos. É quando reunimos que coletivamente identificamos a "liga", o fio condutor do que fazemos. Minha opinião é uma direção da UJS está mais consolidada na medida em que conseguir estabelecer um funcionamento próprio, que crie um ambiente de convivência entre jovens de diversos lugares que se reconhece na ação porque toda esta experiência coletiva tem na UJS o seu lugar de encontro. É quando estamos juntos que a UJS fica mais bonita e ela é vanguarda por sua capacidade de unir a juventude por causas amplas, fator decisivo da UJS enquanto espaços de formação de lideranças.

Isto necessita de uma continuidade, da sistematização da nossa prática. E era isto que fazíamos, lançávamos um olhar consciente sobre o que estávamos a construir. Naquelas reuniões eu aprendi que é decisivo haver uma galera que chame a si a responsabilidade de lutar pelos direitos da juventude, que tenha raiva de injustiças, que é patriota e animada, que adora curtir e viver sua juventude. Era um compromisso, mas era legal ir - uma boa definição da UJS. E eu sentia falta de rever as pessoas. Fazer tanta coisa nos coloca muito próximos, convivendo por horas, dias, meses, anos.

E esta relação entre jovens tem mais qualidade se em lugares fixos, com dia e hora dedicados ao reencontro da nossa moçada. Eu lembro que estes sábados à tarde eram parte constante da minha agenda. Reunir no sindicato dos Bancários todo sábado às três da tarde foi fundamental para consolidar aquela moçada na UJS. Nós tivemos que formatar um funcionamento próprio, e definíamos como nos mover em todo um circuito político, formado pelos lugares por onde circulávamos e fazíamos o movimento, mas também por bares, festas, bairros, salas de aula, pátios de escolas, um ambiente onde desenvolvemos práticas, um aprendizado coletivo.

Mais à frente, quando retomamos a direção do DCE da UFC – depois de um intervalo de mais de dez anos – entendi melhor que aquele resultado foi o cume de um aprendizado cuja sala de aula mais importante fora naquelas reuniões, onde pudemos pensar a UJS por inúmeras tardes. Mas não era em tom de humor que repetíamos o relato daquilo que somos, da História, do presente da UJS. Naquela hora, ao iniciar a reunião, um membro da direção tomava a palavra e apresentava aos mais novos e dos militantes uma História da UJS. Lembro de quando o Flávio Arruda fazia as ladainhas até hoje. Era um aprendizado de falar ao público, de defender nossas idéias, de afirmar valores. Para quem chega, por outro lado, era uma sensação muito boa, uma valorização da importância daquela pessoa convidada a ingressar na UJS. Para quem falava era um comprometimento e um exercício do domínio de nossa política.

Coletivizar o mais importante

E era repetitivo mesmo, e cumpria um grande papel. O Legião Urbana consagrou uma frase: "Sei que às vezes uso palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?". Apóio-me nela ao defender a massificação de nossos conceitos mais simples, as nossas opiniões mais permanentes, como o Manifesto da UJS, nossa concepção de Movimento Estudantil, nossa História, inclusive da UJS nos Estados, os pontos centrais do Congresso. Claro que é muito importante saber muito, mas é decisivo que todos saibam quem somos, como pensamos, pelo que lutamos, nosso papel no Brasil. E passar este conhecimento no debate do Congresso da UJS, na discussão da tese permite que outros milhares de jovens ajudem a escrever a história de nossa organização, porque lhes dá a base para serem ativos militantes na base, para vestir a camisa.

Penso que boa parte da consolidação de uma direção municipal, de um núcleo, e mesmo de uma direção estadual está em definir com o apoio de todos uma agenda, um funcionamento, criar uma dinâmica própria, que permita debater as polêmicas, construir os consensos, passar o saber militante aos mais novos, preparar um ambiente legal para centenas de jovens viverem sua opção militante. Que seja aberto para o ingresso de mais jovens do povo, capaz de atrair as lideranças naturais que existem e lhes dar um espaço de convivência divertido, produtivo, ordenado por nós mesmos, capaz de potencializar suas melhores qualidades e liderança. E um ambiente politizado, em que cada jovem participa de algo muito maior que apenas um grupo de amigos. E eu tenho amigos de quinze anos que fiz na UJS e eu os encontre entre jovens com grande potencial que mudam a realidade com seu protagonismo, uma galera rebelde, tão rebelde que defende um socialismo com a cara do Brasil e da Juventude, com samba, maracatu, com boi, hip hop e reizado.

A UJS está definindo sua ação nos Estados

Por todo o Brasil a UJS prepara as suas plenárias para lançar o 14º. Congresso. A partir delas haverá o acionar de uma grande estruturação que consolidará núcleos e direções que terão a tarefa de falar a muitos milhares de jovens, no convite para conhecer a UJS. Será um semestre em que muitos jovens sentirão o chamado a uma militância mais ativa, maiores responsabilidades.

Este riquíssimo momento merece táticas apropriadas, formas de falar com esta juventude. Um desafio já é falar a dezenas de milhares que já são filiados. E, para além deles, em busca de dialogar com amplas parcelas da juventude, muita gente independente nas escolas, no trabalho, nas universidades, na periferia e também em movimentos juvenis. É grande o número de adolescentes que já entendem a importância das causas, de ser voluntário, mas sem saber ainda que a militância, este voluntariado político, muda a realidade, que foi graças a eles que muitos jovens tiveram oportunidade no último período. Para que entendam isto, precisam ter a oportunidade de nos ouvir. A responsabilidade de pensar estes momentos e de criar estas oportunidades é nossa.

Envolver, convidar e saber se apresentar é fundamental para que amplas parcelas da juventude possam tomar parte na mudança do Brasil. Trata-se de envolver o povo na luta pela mudança. Para isto é necessário ter uma pedagogia própria. Não somos uma igreja, nem uma empresa, somos algo muito diferente e devemos entender que nossos fóruns, reuniões, plenárias devem ser construídos conscientemente, devem ter um roteiro claro para que as pessoas nos entendam e se sintam chamadas a participar, convidadas a dar sua contribuição voluntária e consciente à mudança.

O desafio teórico e prático de se dirigir à juventude e a construção do 14º. Congresso

Vários estados preparam cursos voltados às principais lideranças, cursos que ajudarão àqueles que ocuparão lacunas nos postos de direção a entenderem melhor como se tornarem lideranças. É um passo muito importante. Mais importante que este passo é, no entanto, na minha visão, elaborar ao nível dos estados e municípios, com destaque para os principais núcleos, espaços em que nos dirijamos a mais jovens de maneira compreensível, legal, segundo cada contexto, multiplicando por muitos milhares os jovens que conhecem a UJS. Fazer a militância em qualquer tarefa sempre preocupado em trazer mais gente para a UJS, especialmente lideranças. E como já opinei nesta coluna, Filiado é pra se guardar do esquerdo do peito. É um grande público a quem falar, os já filiados, os amigos que a UJS fez nas passeatas do Fora Bush, nos Congressos da UNE e da UBES, nos encontros de jovens trabalhadores e no processo da Conferência de Juventude. E falar bem a estes pode ajuda a falar para mais gente.

Por isto estamos elaborando o curso de Nível 1 da UJS. Será no formato de uma reunião preparada para dar boas vindas, para apresentar a UJS. De uma proposta elaborada centralmente poderão se preparar inúmeros modelos, adaptações criativas que dêem a mesma mensagem de diversas formas. Algo fácil, descentralizado e cotidiano. A partir desta idéia serão construídas versões próprias, expressão juvenil à mais juvenil das mensagens, que apresenta o socialismo à juventude e a juventude ao socialismo.

Que cada voz dê o tom e que possamos chegar a todos. Que seja bem dito, com a emoção da convicção e com a clareza do método e da empatia. E que dos muitos milhares que nos escutem surja a compreensão de que precisamos de mais jovens para defender as causas justas, para tomar parte na História do Brasil.

*Paulo Vinícius, Cientista social e diretor de formação da UJS.

Essa é a UJS

Essa é a UJS

Sabemos que os jovens têm uma força importante para a transformação social, seja em manifestações pacifista contra a guerra de Bush, ou nas mobilizações político-democráticas do povo brasileiro por mudança. Sabemos também que não podemos ser mais contra por ser contra e que algumas bandeiras já foram vencidas e conquistadas pelos jovens. É preciso explicar o porque do ser contra, é necessário que o movimento juvenil renove e ocupe mais espaço político de uma forma mais ousada, afirmativa e audaciosa, é pra isso que existe a UJS.

A UJS sendo uma organização de jovens que lutam para a construção de uma sociedade mais justa e organizada; e vemos no socialismo a melhor maneira de conseguir tal coisa.

Hoje somos uma entidade mais forte e estruturada, atualmente nos mais diversos movimentos e espaços juvenis, com cerca de mias 100 mil filiados e intenso protagonismo nas lutas da juventude brasileira. Ocupamos a secretaria-adjunta da Secretaria Nacional de Juventude (SENAJUVE), conseguindo eleger o presidente do Conselho. Também estamos a frente na organização da 1ª conferência Nacional de Juventude, tanto na esfera municipal, estadual e federal.

Merece destaque aqui a retomada vitoriosa, a partir de 2002, do trabalho do Centro de Estudo e Memória da Juventude (CEMJ) e sendo a única que possui um programa para a juventude brasileira – materializado no manifesto da UJS.

Se você pensa como a gente: "Então vem, vem pra UJS vem pra luta também, também”.

UJS: POIS UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA

UJS: POIS UM FILHO TEU NÃO FOGE A LUTA

Somos a União da Juventude Socialista. Somos herdeiros dos jovens que lutaram contra a ditadura militar, nascemos na luta pelas Diretas Já! Conquistamos o direito de votar aos 16 anos. Em 1992, formamos a juventude “cara pintada” que derrubou o presidente corrupto Fernando Collor. Lutamos contra oito anos de desmonte do país no governo FHC. E fomos os jovens que levaram o operário LULA à presidência da república.

Queremos um novo mundo, sem guerras, sem destruição dos povos. Por isso lutamos pelo Socialismo e consideramos a organização dos jovens indispensável para conquistar nossos direitos. O Socialismo é o sistema político que defende a democracia e a igualdade entre as pessoas. É o sistema que representa as verdadeiras aspirações da juventude porque valoriza o ser humano.

Em 2002 elegemos Lula presidente para mudar o Brasil. Sabemos que não será tarefa fácil, afinal o FHC deixou o país detonado em seus 8 anos de reinado. Vendeu as empresas nacionais e deixou nossa economia vendida pro FMI.

Esse anos temos a grande tarefa de reestruturarmos a UJS aqui em Piracicaba, e por isso precisamos dos jovens que almejam a mudança e o crescimento do país. E para isso devemos começar na nossa cidade, através do grêmio da nossa escola, nos movimentos sociais, no Hip-Hop, no trabalho, enfim em todos os lugares onde a juventude se faz presente.

E deixar de lado o velho ditado que nós jovens somos o futuro do país, e sim que somos o presente para construirmos o futuro!

NÃO TEM COMO FALAR DE BRASIL SEM FALAR DE UJS!

NÃO TEM COMO FALAR DE BRASIL SEM FALAR DE UJS!

A União da Juventude Socialista é uma organização política que luta há 23 anos em defesa da juventude brasileira e de um mundo mais justo para nosso povo. Já surge no meio do turbilhão do processo de democratização do país, em 1984, como uma resposta conseqüente à rebeldia dos jovens brasileiros, cansados das atrocidades cometidas pelo sistema político até então vigente. Nasce buscando “o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida e a atitude subjugada” e, para isso, atua com destaque na Constituinte de 88. Formula e aprova o “Voto aos 16 anos” através do mais novo Deputado Constituinte, também da UJS, Edmilson Valentim.

A partir daí a UJS não parou mais! Desenvolveu de forma pioneira a campanha pelo Fora Collor; as mobilizações contra as privatizações das empresas nacionais; por emprego para juventude; educação pública de qualidade e, na história recente, pela eleição de Lula, barrando o constante ciclo das elites na presidência do país através da eleição desse trabalhador, sindicalista, identificado e comprometido com os anseios do povo brasileiro.

Porém, toda essas lutas fundamentais para a melhoria das condições de vida atual não fizeram nunca a UJS perder o rumo da defesa do Socialismo Científico, formulado por Marx e Engels. Socialismo esse que, no Brasil, tem que ter a cor e o jeito do povo brasileiro. Não á toa, a União da Juventude Socialista lança no seu 8º Congresso, em 1996, a campanha “Socialismo Com a Nossa Cara”. Assim desenvolve a necessidade de luta por um Brasil Socialista, compreendendo as particularidades do país e as formas de avanço desse projeto na conjuntura atual.

Para nós da UJS não dá para se conformar com a exploração do trabalhador, a miséria e a fome que assolam o nosso país. É preciso lutar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e SOCIALISTA. Essa é uma tarefa de todos nós!!!!!

Viva os 23 anos da UJS em defesa da juventude, do Brasil e do Socialismo

Quem Somos

O que é UJS?

A UJS é uma organização de jovens que lutam para a construção de uma sociedade mais justa e organizada; e vemos no socialismo a melhor maneira de conseguir tal coisa, se você pensa como a gente: "Então vem, vem pra UJS vem pra luta também, também”.

A HISTÓRIA DA UJS

1984, Brasília, ainda era tempo da ditadura das fardas militares, pelo país, a campanha pelas "Diretas Já" mobilizava milhões de pessoas, fazendo soprar os ventos da redemocratização. Na Assembléia Legislativa de São Paulo, centenas de jovens do país inteiro se encontraram no Dia da Juventude, 22 de setembro. O manifesto lido na tribuna, anunciava: "Somos jovens, operários, camponeses, estudantes, artistas, intelectuais, buscamos o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida, a vontade subjugada..." e depois deste anuncio do manifesto começa a história da União da Juventude Socialista.

1985, foi no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, que aconteceu o 1º Congresso Nacional da UJS. Delegações de todos os estados chegaram trazendo animação e vontade de participar. O congresso superou as expectativas, rolaram debates, shows, teatros e muita confraternização. No final, foi aprovada a campanha nacional por "emprego, esporte e cultura".

1986, a cidade de Vitória, no Espírito Santo, sediou o II Congresso Nacional da UJS. Entre as atividades esportivas e debates, os participantes trocavam experiências sobre a UJS. O Congresso foi marcado pelo debate sobre a eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, convocada para aquele ano. Emprego, serviço militar e direito de voto aos 16 anos estavam presentes em quase todos os discursos. O congresso registrou um grande crescimento da participação dos estudantes, principalmente secundaristas.

1987, o país começava a ser repensado pela Assembléia Nacional Constituinte. Aracaju recebeu centenas de jovens do país inteiro, que foram participar do III Congresso Nacional da UJS. Na pauta, a necessidade de superar a discussão gerada pelas eleições do ano anterior e retomar a iniciativa política. Nos intervalos, música e poesia tomavam os corredores da Universidade Federal, onde acontecia o congresso. As resoluções definem o desafio: elaborar um programa da juventude para trabalhar e reorganizar as direções estaduais e núcleos. São dados os primeiros passos para aquela que seria a maior campanha da entidade: a conquista do voto aos 16 anos.

1988, o IV Congresso Nacional ocorre em Petropólis, contando com cerca de 1500 jovens. Fortalecida pela aprovação do voto aos 16 anos, a UJS realiza um grande ato político e o congresso pulsa crescimento. A programação é a combinação de debates político, painéis temáticos, atividades culturais e muita animação. Nas resoluções, o desafio de aprovar de maneira definitiva o voto aos 16 anos e de participar da campanha das diretas em 1988. O encerramento do congresso foi um show em praça pública. Durante todo o primeiro semestre a entidade se mobilizou pêlos estados e em Brasília. O bloco conservador, denominado "centrão", é contra o voto aos 16, apesar disso, o direito é aprovado no primeiro turno. A votação definitiva foi no dia 17 de agosto.

1989, logo no início do ano, a UJS lança um documento chamado "Quem é o inimigo, quem é você", defendendo a unidade dos partidos e juventudes de esquerda em torno de uma candidatura a presidência da república. Divulgado amplamente, o documento foi bem acolhido pelas organizações políticas mais avançadas. Ao lado desta movimentação, a UJS dá continuidade a campanha "voto aos 16", convocando os jovens para tirarem seus títulos eleitorais e a participarem da eleição para presidente da república. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral e com tribunais regionais, a UJS procura facilitar a tirada do título. Em vários estados, ocorrem os arrastões em escolas e bairros para levar a juventude até os locais autorizados. Noutros em que os tribunais se mostraram mais acessíveis, funcionários credenciados acompanhavam o movimento da UJS e recebiam a solicitação do título na própria escola. A UJS chamava os jovens para se transformarem em eleitores e para votarem na oposição, buscando aprofundar a democracia e ampliar os direitos sociais.

1990, mais consciente das dificuldades políticas, a Coordenação Nacional da UJS busca redimensionar suas atividades, procurando aglutinar os militantes e enfrentar o debate de idéias. Em março, a UJS de São Paulo realiza o festival da Juventude, com atividades esportivas, cultural e de lazer. Além do político local, vários estados participaram, remando contra a maré neoliberal "collorida", a UJS realiza a campanha CURUPIRAS em defesa dos povos e da floresta amazônica. Cartazes, adesivos e um manifesto eram instrumentos do movimento. A UJS realiza em Belém, o encontro latino-americano em defesa dos povos e da floresta amazônica, que contou com cerca de 180 participantes e com presença de entidades e personalidades ligadas ao tema. A UJS faz parte da executiva do fórum brasileiro de ONG`s preparatório para ECO 92, na qual ela é representante da juventude.

1992, a ECO 92, realizou vários eventos promovidos pela ONU, e se torna referência brasileira no movimento ambientalista. O evento paralelo corre sob coordenação da UJS, entidades do mundo inteiro participavam da atividade, que questiona o encontro oficial. Na manifestação realizada contra os chefes de estado, a UJS é presença destacada.

1993, apesar do crescimento da força da juventude, a ação própria da UJS enfrenta alguns problemas. Foi um período de dificuldades políticas e materiais, mesmo assim a UJS participa do plebiscito nacional defendendo o parlamentarismo, organizou a greve nacional pelo primeiro emprego para a juventude, atuou contra a tentativa de aprovação da imputabilidade criminal para jovens de 16 anos.

1994, a UJS realiza seu VII Congresso Nacional, no mês de abril, em Salvador. Nele é debatida a atualização do manifesto da entidade. O texto aprovado como base é o "Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". É debatida uma plataforma para as eleições presidenciais e a defesa de uma frente popular, contra a candidatura de FHC. Da plataforma juvenil, contam a questão da violência, educação, trabalho, cultura, esporte, lazer, ecologia, drogas, mulher, saúde, participação política e serviço militar opcional.

1995, no mês de fevereiro, em Maceió, a UJS realiza o "Seminário Nacional – Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". Ali é aprovado o manifesto da UJS.

1996, o VIII Congresso é um marco na história da UJS, todos os militantes voltaram suas energias para o congresso. Com tema "Emprego para juventude". A abertura já havia demonstrado o respeito e o que a entidade desfruta no meio da juventude e dos setores políticos. O texto de apresentação da uma nova fase afirma: "A UJS entra numa nova fase a partir desse VIII Congresso Nacional. Depois do lançamento em 1984, a nossa entidade se desenvolveu bastante, participou de várias lutas, realizou campanhas e várias atividades."

1997, A UJS define 1997 como o "Ano Che Guevara", em função dos anos 30, da queda em combate do líder guerrilheiro. Por ser identificado com a rebeldia e com luta pelo Socialismo, Che, no Brasil e na América Latina, é um grande exemplo para a juventude. E foi nesse sentido que a UJS procurou resgatar sua história. A campanha contagia a UJS no país, cartazes, adesivos, bandeiras e camisetas são produzidos e alguns debates sobre o "Ano Che". A UJS ocupou um espaço tão importante nas homenagens, que na matéria espacial que o programa Fantástico da Rede Globo produziu, os militantes da entidade foram convidados para falar. A UJS atuou com destaque no comitê contra a reeleição de FHC e nas mobilizações contra a privatização das estatais, como a Companhia vale do Rio Doce. A entidade se ocupa também com os preparativos para o XIV Festival Mundial de Juventude, no mês de Julho, em Cuba. A delegação brasileira com cerca de 400 jovens. Mais de 130 eram da União da Juventude Socialista. No evento estão presentes dezenas de países e a presença da UJS é marcante em todos os debates, nas atividades culturais e nos contatos com outras organizações. Durante o festival, a direção nacional é convidada pela União dos Jovens Comunistas de Cuba, para uma reunião de amizade.

1998, precedido de assembléias estaduais de núcleos, no mês de abril acontece o IX Congresso Nacional, no Tuca, em São Paulo. Os delegados presentes aprovam o novo manifesto da UJS "Socialismo com a nossa cara". A resolução sobre eleições afirma: "não aceitamos a negação dos nossos direitos, a perda da Soberania Nacional e os ataques à democracia que representa o governo FHC. Por isso, a UJS deve participar ativamente das elisões combatendo a candidatura de FHC e seus aliados". Consta no documento também, uma plataforma juvenil, na qual se destaca a questão do emprego para a juventude, e tem propostas para a educação, ciência e tecnologia; cultura, esporte, lazer, terra, saúde, meio ambiente, cidadania, violência, drogas e crianças e adolescentes. Durante a batalha eleitoral realizou-se a primeira fase da campanha "Sem emprego não dá". Tivemos presença destacada nas atividades eleitorais em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e em outros estados. A UJS promove em conjunto com a UNEGRO e o Movimento Negro Unificado, o II encontro da Juventude Negra e Favelada, em BH. Ampliou seu contato com jovens da periferia e começou a participar do movimento HIP-HOP. Promoveu em conjunto com a CSC, o Encontro dos Jovens trabalhadores Socialistas.

1999, a UJS se filia e é eleita para o Conselho Geral da Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD). Além disso, participou das atividades em Portugal, no Chile e em Cuba. Com a bandeira do "Fora FHC" a UJS lança junto com Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania, um abaixo-assinado pedindo a CPI para o presidente no caso Telebrás. Desde o início e uma das organizações da "marcha dos 100 mil" Dela participou com destaque. A UJS chega aos seus 15 anos, tendo coordenações em 17 estados, sendo a força mais influente na UNE, na UBES, na ANPG e atuando no Fórum Nacional em defesa de trabalho, terra e cidadania. Conhecida e reconhecida pela juventude e pêlos movimentos sociais como organização da luta pelos direitos juvenis, pela democracia e pelo socialismo. A UJS é a única organização política e ideológica juvenil com 15 anos de existência no país. Desde que surgiu é personagem principal na história de luta da nossa juventude. Mesmo com toda a onda do "pensamento único" neoliberal e dos ataques ao Socialismo, ela mobiliza milhares de jovens contra o capitalismo e em torno da idéia de um socialismo com a cara da juventude e do Brasil. Socialismo que nascerá da luta unitária do povo e que inaugurará a república dos trabalhadores. Com 15 anos de idade, a UJS acumula o melhor da experiência da juventude brasileira, sua garra e disposição de luta.

É tanta história feita, e tanta coisa ainda por fazer. Desafios não faltam, agora, o governo Fernando Henrique Cardoso cai na desmoralização e a juventude ocupa a linha de frente do movimento que quer "Fora FHC" e um novo rumo para o país. Outros desafios, outras pessoas, mas a mesma certeza que motivou os mais de 600 jovens que fundaram a UJS em 1984, como dizia o primeiro manifesto: "não temos futuro no mundo capitalista, mesmo porque o capitalismo não tem futuro no mundo...". O manifesto atual completa: "... aqui, na UJS, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdes, amarelas e nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e justa.

Nos 15 anos da UJS, viva a Juventude Socialista tem mais, a UJS tem atividades em torno da luta da mulher jovem, do movimento negro, dos jovens desempregados do movimento comunitário, participa de várias torcidas organizadas e de tantas outras áreas e movimentos que a juventude se faz presente.

A difusão das idéias da UJS

A difusão das idéias da UJS

É com o imenso prazer que a UJS, União da Juventude Socialista, vem ao público dizer que no dia 17/06/2007, afirma que aqui será palco para debates e divulgações das teses para fortalecimento do Movimento Estudantil. Questões como Reforma Universitária, Reforma Política, como anda o movimento estudantil e de como queremos o país para o jovem e acima de tudo, sobre o jovem e o socialismo.

Nós jovens entendemos que o sistema capitalista não oferece condições dignas para um desenvolvimento pleno. Nas escolas e universidades encontramos um ensino elitista, atrasado e conservador, sem investimento e democracia.

Os livros e peças, filmes e shows são acessíveis somente para quem tem grana. Os meios de comunicação, cada vez mais alheios á verdade, constroem um mundo falso no qual não cabemos senão como repitodres de uma moral que nos é estranha. A placa “NÃO HÁ VAGAS” espalhadas por todo o Brasil é a senha de nossa exclusão e marginalização. Excluídos, somos caçados e mortos como bichos pelos grupos de extermínios e pela polícia. A prática esportiva e o lazer para nós é tão importante na formação, são exceção em nossas vidas. O turismo é mercadoria de luxo. Jovens são vitimas da AIDS por falta de informações e meios de prevenção. Os donos do poder afirmam que vivemos em uma democracia só porque temos eleições. Escondem que as regras dessa ordem só servem para os que têm poder financeiro. Essa democracia nos discrimina, não nos ouve e não nos serve. Somos considerados o futuro da nação e, assim, no presente não temos espaço para opinar, participar e decidir.

Por essa e outros motivos é que defendemos o socialismo. Um socialismo com a nossa cara, um socialismo verde e amarelo. Nosso socialismo terá de acabar de vez com a discriminação e os preconceitos de toda espécie. Nele exigiremos direito a saúde, á habitação e ao futuro. A natureza será protegida como será nosso povo. Nossa infância terá atenção e ao invés de viver jogada pelas ruas, terá de brincar e de crescer sorrindo. Ajudaremos a acabar com o analfabetismo e com a ignorância. Conquistaremos emprego digno, ensino público de qualidade, para todos os níveis. Lutaremos por uma nova cultura, progressista, popular e brasileira, por incentivo e espaço aos nossos artistas (O CUCA) e a nossa ciência e tecnologia deverão ser desenvolvidas e utilizadas para nosso interesses, não para generalizar desemprego, destruir a natureza ou produzir armas e guerra.

Assim a UJS inaugura uma nova etapa em sua comunicação, com a reformulação do nosso site (diretório de Sergipe). Essa importante ferramenta política e ideológica será o meio principal de difusão dos nossos pontos de vista.

A mobilização popular é a força política e social que apoiará a concretização das mudanças de fundo, enfrentando as dificuldades de cada momento de acordo com a correlação de forças existente e conforme a natureza dos problemas da ordem do dia.

A amplitude constitui uma condição elementar para enfrentar a crise e criar as bases para uma efetiva mudança de rumo no país. Mas temos uma tarefa importante e imediata: elevar nossa atuação política, de massas, à condição de força decisivamente influente.

Para a UJS, só a luta de classes militante será capaz de abrir caminhos à superação total do neoliberalismo e de descortinar o horizonte socialista. E para isso defende um projeto nacional, tendo como premissa um firme compromisso com o crescimento com distribuição de renda — ou seja, um novo padrão de desenvolvimento. A defesa diuturna dessas premissas é o compromisso que reafirmamos nesta nova fase do site da UJS.