A UJS é uma organização de jovens que lutam para a construção de uma sociedade mais justa e organizada; e vemos no socialismo a melhor maneira de conseguir tal coisa, se você pensa como a gente: "Então vem, vem pra UJS vem pra luta também, também”.
A HISTÓRIA DA UJS
1984, Brasília, ainda era tempo da ditadura das fardas militares, pelo país, a campanha pelas "Diretas Já" mobilizava milhões de pessoas, fazendo soprar os ventos da redemocratização. Na Assembléia Legislativa de São Paulo, centenas de jovens do país inteiro se encontraram no Dia da Juventude, 22 de setembro. O manifesto lido na tribuna, anunciava: "Somos jovens, operários, camponeses, estudantes, artistas, intelectuais, buscamos o futuro e a liberdade, os direitos que nos são negados, a esperança banida, a vontade subjugada..." e depois deste anuncio do manifesto começa a história da União da Juventude Socialista.
1985, foi no Ginásio de Esportes Tarumã, em Curitiba, que aconteceu o 1º Congresso Nacional da UJS. Delegações de todos os estados chegaram trazendo animação e vontade de participar. O congresso superou as expectativas, rolaram debates, shows, teatros e muita confraternização. No final, foi aprovada a campanha nacional por "emprego, esporte e cultura".
1987, o país começava a ser repensado pela Assembléia Nacional Constituinte. Aracaju recebeu centenas de jovens do país inteiro, que foram participar do III Congresso Nacional da UJS. Na pauta, a necessidade de superar a discussão gerada pelas eleições do ano anterior e retomar a iniciativa política. Nos intervalos, música e poesia tomavam os corredores da Universidade Federal, onde acontecia o congresso. As resoluções definem o desafio: elaborar um programa da juventude para trabalhar e reorganizar as direções estaduais e núcleos. São dados os primeiros passos para aquela que seria a maior campanha da entidade: a conquista do voto aos 16 anos.
1988, o IV Congresso Nacional ocorre em Petropólis, contando com cerca de 1500 jovens. Fortalecida pela aprovação do voto aos 16 anos, a UJS realiza um grande ato político e o congresso pulsa crescimento. A programação é a combinação de debates político, painéis temáticos, atividades culturais e muita animação. Nas resoluções, o desafio de aprovar de maneira definitiva o voto aos 16 anos e de participar da campanha das diretas em 1988. O encerramento do congresso foi um show em praça pública. Durante todo o primeiro semestre a entidade se mobilizou pêlos estados e
1989, logo no início do ano, a UJS lança um documento chamado "Quem é o inimigo, quem é você", defendendo a unidade dos partidos e juventudes de esquerda em torno de uma candidatura a presidência da república. Divulgado amplamente, o documento foi bem acolhido pelas organizações políticas mais avançadas. Ao lado desta movimentação, a UJS dá continuidade a campanha "voto aos 16", convocando os jovens para tirarem seus títulos eleitorais e a participarem da eleição para presidente da república. Em reunião com o Tribunal Superior Eleitoral e com tribunais regionais, a UJS procura facilitar a tirada do título. Em vários estados, ocorrem os arrastões em escolas e bairros para levar a juventude até os locais autorizados. Noutros em que os tribunais se mostraram mais acessíveis, funcionários credenciados acompanhavam o movimento da UJS e recebiam a solicitação do título na própria escola. A UJS chamava os jovens para se transformarem em eleitores e para votarem na oposição, buscando aprofundar a democracia e ampliar os direitos sociais.
1990, mais consciente das dificuldades políticas, a Coordenação Nacional da UJS busca redimensionar suas atividades, procurando aglutinar os militantes e enfrentar o debate de idéias. Em março, a UJS de São Paulo realiza o festival da Juventude, com atividades esportivas, cultural e de lazer. Além do político local, vários estados participaram, remando contra a maré neoliberal "collorida", a UJS realiza a campanha CURUPIRAS em defesa dos povos e da floresta amazônica. Cartazes, adesivos e um manifesto eram instrumentos do movimento. A UJS realiza em Belém, o encontro latino-americano em defesa dos povos e da floresta amazônica, que contou com cerca de 180 participantes e com presença de entidades e personalidades ligadas ao tema. A UJS faz parte da executiva do fórum brasileiro de ONG`s preparatório para ECO 92, na qual ela é representante da juventude.
1993, apesar do crescimento da força da juventude, a ação própria da UJS enfrenta alguns problemas. Foi um período de dificuldades políticas e materiais, mesmo assim a UJS participa do plebiscito nacional defendendo o parlamentarismo, organizou a greve nacional pelo primeiro emprego para a juventude, atuou contra a tentativa de aprovação da imputabilidade criminal para jovens de 16 anos.
1995, no mês de fevereiro, em Maceió, a UJS realiza o "Seminário Nacional – Socialismo, a juventude acredita nesta idéia!". Ali é aprovado o manifesto da UJS.
1996, o VIII Congresso é um marco na história da UJS, todos os militantes voltaram suas energias para o congresso. Com tema "Emprego para juventude". A abertura já havia demonstrado o respeito e o que a entidade desfruta no meio da juventude e dos setores políticos. O texto de apresentação da uma nova fase afirma: "A UJS entra numa nova fase a partir desse VIII Congresso Nacional. Depois do lançamento em
1998, precedido de assembléias estaduais de núcleos, no mês de abril acontece o IX Congresso Nacional, no Tuca,
É tanta história feita, e tanta coisa ainda por fazer. Desafios não faltam, agora, o governo Fernando Henrique Cardoso cai na desmoralização e a juventude ocupa a linha de frente do movimento que quer "Fora FHC" e um novo rumo para o país. Outros desafios, outras pessoas, mas a mesma certeza que motivou os mais de 600 jovens que fundaram a UJS em 1984, como dizia o primeiro manifesto: "não temos futuro no mundo capitalista, mesmo porque o capitalismo não tem futuro no mundo...". O manifesto atual completa: "... aqui, na UJS, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdes, amarelas e nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e justa.
Nos 15 anos da UJS, viva a Juventude Socialista tem mais, a UJS tem atividades em torno da luta da mulher jovem, do movimento negro, dos jovens desempregados do movimento comunitário, participa de várias torcidas organizadas e de tantas outras áreas e movimentos que a juventude se faz presente.

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